Os passageiros poderão viajar de graça nos trens suburbanos de Melbourne nas próximas duas segundas-feiras, enquanto o sindicato dos trabalhadores de transportes realiza uma semana de ação industrial por melhores salários.
Na segunda-feira, 12 de agosto e 19 de agosto, os funcionários das estações manterão as barreiras do myki abertas durante todo o dia, enquanto os inspetores oficiais autorizados se recusarão a conferir os cartões do myki.
A equipe que cuida da venda de cartões também se recusará a vender e emitir os cartões myki, enquanto até 3000 trabalhadores se recusarão a usar o uniforme por tempo indeterminado.
Nos dias em que não usam uniformes, os membros do sindicato vestirão uma camisa de futebol e doarão dinheiro para as instituições de caridade.
A União Ferroviária, de Trens e Ônibus (RBTU) está exigindo um aumento salarial de 6%, enquanto o Metro Trains está oferecendo um aumento de 2%.
A Associação de Usuários de Transporte Público estima que os dias livres de mykis podem custar ao governo até AU$ 1 milhão por dia, levando em conta os 500 mil usuários diários de trens que estão usando um cartão de concessão ou têm passes.
O governo distribui cerca de 40% da receita diária de passagens para o Metrô.
O secretário do sindicato em Victoria, Luba Grigorovitch, disse que a ação foi uma opção ‘mais leve’ do que uma greve geral.
"Essa ação industrial é voltada para atingir o bolso da Metro Trains, e não para o público que viaja", disse Grigorovitch.
"O RTBU está procurando manter o público bem informado dos impactos antes de qualquer ação industrial, no entanto, essas ações anunciados hoje são projetadas para atingir o Metro Trains e não afetarão passageiros que querem pegar o seu trem para casa ou trabalho ou passeio."
De segunda-feira, 12 de agosto a domingo, 18 de agosto, os motoristas de trem também se recusarão a desviar os serviços, caso sejam solicitados por seus gerentes. Desvios de trens são práticas que ajudam o Metro a atingir suas metas de desempenho.
Os motoristas também se recusarão a operar trens que não tenham intercomunicadores de emergência.
Um porta-voz do Metro Trains descreveu a ação como "um resultado muito decepcionante – a ação industrial é um passo completamente desnecessário".
"Essa ação ainda pode ser evitada, e nós encorajamos o sindicato a reconsiderar", disse o porta-voz.
"Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para minimizar interrupções para os nossos passageiros como resultado de qualquer ação tomada".
Quase 30 rodadas de negociações foram feitas entre o Sindicato e Metro Trains desde fevereiro, disse ele, observando que o Metro Trains buscou a assistência da Fair Work Commission no início de maio para manter as negociações em um ritmo razoável.
No final de 2015, os trens pararam quando a equipe do Metrô, incluindo sinalizadores e controladores, abandonaram o trabalho por causa de uma disputa sobre o acordo empresarial.
As partes acabaram optando por um aumento anual de 4,4%.

A União Ferroviária, de Trens e Ônibus (RBTU) está exigindo um aumento salarial de 6%, enquanto o Metro Trains está oferecendo um aumento de 2%. Source: Flickr
Um porta-voz do governo solicitou que uma resolução fosse alcançada "o mais rápido possível".
"Não estamos especulando sobre o impacto de ações que ainda não ocorreram", disse o porta-voz.
"Ainda há tempo para resolver isso e incentivamos ambas as partes a continuarem a negociar de boa fé."